O mercado da construção em Portugal continua sob a mesma batuta: instabilidade. Quando parecia estar a ser ultrapassada a razia no setor da construção provocada pelo período da Troika, eis que se vê o mundo mergulhado num período de luta contra um vírus que devastou milhões de vidas e economias pelo mundo. O sector em Portugal resistiu, nunca parou, e foi um dos pilares da economia num dos seus períodos mais negros. E quando, com grande expectativa, as notícias que se ouviam eram de recuperação e de se avizinhar um franco investimento resultante sobretudo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português, as sinetas de alarme ressoaram nos media:
1. "Escassez de materiais e até a 'bazuca' europeia explicam aumento de preços na construção", em TSF, 19-05-2021;
2. "Materiais de construção com aumento de preço. Consequentemente, valores de obras e casas podem vir a disparar", em Sapo 24, 31-05-2021
3. "Escassez de materiais de construção leva preços a disparar acima de 35%", em Dinheiro Vivo, 31-05-2021;
4. "Preços de construção sobem em flecha devido à escassez de materiais", em Idealista, 01-06-2021;
5. "Aumento dos custos na construção põe em perigo execução do PRR", em Publico 28-06-2021.
Para quem tem um conhecimento mais próximo da atual realidade do setor, estes factos têm vindo a ganhar a sua relevância e já é indesmentível a carência de mão-de-obra, a subida dos preços nos produtos, a falta de algumas matérias-primas ou os prazos de fornecimento estarem cada vez mais incertos.
Resta saber se todos os intervenientes no sector da construção nacional têm novamente a resiliência suficiente e ultrapassam estas adversidades e, simultaneamente, conseguem preparar-se para dar resposta à necessidade de concretização do investimento previsto no PRR.
A Central Projectos está consciente das dificuldades e dos desafios do setor e está confiante que também estará pronta para dar resposta nesta próxima etapa.
P. Palhinha