06 dez 2019

NOVAS TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO II

Categoria Artigos de Opinião
  • NOVAS TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO II
Na sequência do artigo anterior sobre este mesmo assunto, referem-se mais algumas inovações que irão muito provavelmente, a curto prazo, ter influência na forma como se constrói.
Apenas para citar mais alguns exemplos deixo aqui uma lista das mais promissoras e que já estão revolucionar a construção:

1- ESTALEIROS NA NÚVEM E ON-LINE
A ligação móvel entre o estaleiro e as equipas que estão fora do estaleiro poderá revolucionar a maneira de cooperar entre a obra e o escritório, das empresas de construção e dos outros intervenientes, projetistas e fornecedores em geral.
As reuniões em que todos temos que estar na mesma sala ainda é usado como forma de responsabilização sobre os intervenientes, mas as novas tecnologias de videoconferência poderão ajudar a um acompanhamento mais assíduo e a uma diminuição das reuniões de crise. Mais informação vinda da obra poderá detetar atempadamente os constrangimentos.
O registo em equipamentos informáticos móveis de documentos digitais, como fotografia, filme e ficheiros contendo dados da obra relativos à fase de desenvolvimento, custos, abastecimento de materiais e outros recursos, permite uma ligação estreita entre o estaleiro e locais remotos. A aquisição de informação, de todos os dados da obra, permite uma melhor colaboração e um melhor entendimento de todo o planeamento. Esta tecnologia reduz deslocações à obra de pessoal noutras localizações, aumenta a eficiência e reduz custos.
Esta partilha de informação do estaleiro com o exterior e vice-versa, permite uma visibilidade maior de toda a informação oferecendo a promotores, construtores, projetistas e responsáveis segurança uma visão detalhada dos dados da obra.
A utilização da fotografia e vídeo com recurso a tecnologias complementares poderá sobrepor e confirmar o correto desenvolvimento do projeto.


2- 5D MACRO-BIM
Na fase de projeto, a utilização de duas dimensões extra, custo e prazo, poderá, desde a fase inicial do desenvolvimento, garantir não só o 3D habitual, com controlo sobre estética e funcionalidade, mas também reportar sobre o custo e prazos de execução em tempo real. Uma alteração ou um projeto alternativo pode ser avaliado com uma estimativa realista dos custos e prazos de execução da obra.
Esta realidade exige que fornecedores de materiais criem módulos que serão incorporados em modelos de BIM onde o custo e prazos de execução poderão ser simulados em tempo real. Esta corrida é, muitas vezes, estimulada pela necessidade de os fornecedores estarem nas plataformas de BIM para não correm o risco de serem esquecidos como fornecedores.
Mesmo nos modelos de BIM só em 3D os fornecedores de materiais já entenderam que têm de criar as ferramentas necessárias aos projetistas, por forma a não serem excluídos como opção na fase de projeto. Usando como exemplo um equipamento de ar-condicionado ou um interruptor elétrico, os projetistas esperam que as marcas forneçam os componentes com informação necessária para BIM, sem que tenham de criar o modelo. A utilização do BIM por parte dos fornecedores da construção também é uma forma de vencer a concorrência com a adoção atempada do sistema e preparação da informação necessária a constar nesta plataforma.

 

3- TECNOLOGIA DE VESTIR
Os coletes amarelos, capacetes e botas poderão, em breve, ganhar novas funções e podendo ser complementados com outro vestuário tecnológico.
Trata-se de dispositivos incluindo computadores ou dispositivos eletrónicos usados no corpo, roupa ou no equipamento de proteção individual concebidos para recolher e fornecer informação sobre o ambiente, a atividade e dados biométricos, usados essencialmente para aumentar a segurança e prevenir acidentes.
Esta tecnologia recorre a sensores, eletrónica e computadores com aplicações:
- Na localização de pessoas, evitando que circulem em locais perigosos ou que se aproximem de zonas proibidas e, em caso de acidente, ajudando a localizar e socorrer atempadamente. Poderão ser usados, também, para fins de planeamento e gestão eficiente do pessoal e respetiva localização.
- na análise de dados biométricos, alertando para cansaço e sonolência ou mesmo reportando o consumo de substâncias proibidas;;
- de aviso acerca de movimentos desajustados que podem provocar lesões, nomeadamente torção, dobragem, levantamentos e outros;
- utilização de exoesqueletos e sensores capazes de ajudar com movimentos de objetos pesados ou outros que possam ser perigosos ou incapacitantes. Podem, também, ser usados no controlo e limitação de trabalhos avisando o utilizador para os excessos;
- de alerta de emergência automatizando os pedidos de socorro e ajudando na localização rápida;
- em equipamentos visuais, nomeadamente em viseiras e capacetes capazes de prestar informação ao seu utilizador ou a outro visualizador remoto. Estes equipamentos podem sobrepor imagens reais com imagens virtuais para controlo da produção, libertando as mãos para estarem ocupadas com outras tarefas. Podem ainda ser usados para prestar instruções de trabalho ao trabalhador enquanto este o executa;
- em dispositivos capazes de recolher dados sobre o clima, luminosidade e outros fatores que influenciam a qualidade e segurança dos trabalhos.
- no vestuário que se adapta ao clima, aquecendo e refrigerando, ou que controla outros parâmetros que afetem o conforto do trabalhador.
Estes equipamentos já são uma realidade e a eles se irão juntar outros que ainda não foram sonhados.


Na Central Projectos estamos atentos ao futuro e iremos dar conta de outras inovações em artigos futuros.

J. Catarino

 

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