Numa altura em que os custos de construção aumentam consistentemente há meses consecutivos, os intervenientes ponderam várias formas de conseguirem reduzir os custos e otimizar os recursos.
Para o caso especifico dos proprietários e investidores uma questão se coloca: será prudente reduzir os custos do investimento para fazer face a esta subida, podendo com isto comprometer os custos com a manutenção, a conservação e a desconstrução num futuro mais ou menos longínquo?
É comumente aceite que a maioria das opções de construção com uma política de redução dos custos inicialmente investidos origina despesas de manutenção mais elevadas no imediato, mas ainda mais significativos são os gastos com a conservação a médio e longo prazo.
Para contrariar esta presunção, surgem sempre arautos com a necessidade de descoberta de soluções e avanços tecnológicos que revolucionam o conhecimento, rentabilização dos recursos, aumentam a eficiência e contribuem para o desenvolvimento da humanidade. Contudo, deve-se sempre conhecer com rigor todas as faces da moeda e aferir que os custos das soluções que parecem "milagreiras" não virão a desencaminhar em autênticos "calvários" no futuro.
Importa recordar um material revolucionário amplamente utilizado no pós-Segunda Guerra Mundial, que devido às suas propriedades (elasticidade, resistência mecânica, incombustibilidade, bom isolamento térmico e acústico, elevada resistência a altas temperaturas, aos produtos químicos, à putrefação e à corrosão) teve inúmeras aplicações na indústria da construção, sendo aplicado nas mais diversas áreas, tais como: revestimentos, coberturas, tubagens, materiais ignífugos, isolamentos térmicos e acústicos, entre outros. Porém esse material está proibido na União Europeia desde 2005, mas devido à grande popularidade até quase ao final do século passado e principalmente pelo baixo custo de aquisição, está ainda presente em mais de meio milhão de edifícios por todo o país, causando anualmente dezenas de mortes, somente pela doença que está associada à sua exposição: mesotelioma (LNSA).
É importante que, quando se ponderam soluções para a construção, sejam ouvidos profissionais com conhecimento e experiência adequados, para que no futuro não se venham a ter que debater com desventuras, como ainda se faz relativamente ao amianto.
A Central Projectos encontra-se há mais de 26 anos a elaborar projetos com soluções racionais e eficientes, procurando dar resposta a todos os requisitos dos seus clientes, concebendo o presente mas com o pensamento no futuro.
P.Palhinha
Bibliografia:
https://sosamianto.pt/numeros-do-amianto
https://www.deco.proteste.pt/familia-consumo/bebes-criancas/noticias/amianto-como-lidar-com-o-perigo
https://www.dgs.pt/paginas-de-sistema/saude-de-a-a-z/amianto.aspx